quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Do que sei sobre mim...

Muitas vezes igual, mas sempre diferente.
Observo além das aparências.
Ouço além do superficial.
Correlaciono fatos, pessoas e intenções, de modo crítico.
Grande parte do que desejo é imaterial, utopia pra alguns.
Mulher de muito questionar e recusar respostas fáceis.

Muitas limitações, poucas e ótimas qualidades.
Gosto de todas as flores e cores.
Detesto mentira.
Pensando bem prefiro o vermelho.
Viajo com momentos intensos, pessoas incomparáveis e coisas inexplicáveis.
Sou curiosa, momenta, atenciosa, expectadora, mas, 99% das vezes dispersa.
Acredito no amor porque tive coragem de vivê-lo.
E, não há nada que se compare a ele.
Gosto da simplicidade.
Gosto da complexidade.
Separo a sensualidade da vulgaridade, inteligência da arrogância, inocência da bobice, a beleza do exagero.
Não acredito em zodíaco, porém sou insuportavelmente perfeccionista.
Admiro quem sabe usar o conhecimento, a educação, a gentileza e a delicadeza.
Admiro todo choro, qualquer forma ou manifestação de sensibilidade.
Admiro aquele que constrói seu caminho atendendo fielmente o seu coração. Tenho esse como espelho.

Abomino todo tipo de agressão, inclusive as mais sutis.
Sei muito bem como dizer não, como sei persistir quando ainda acredito que seja válido.
Adepta do improviso e da criatividade.
Tenho horror a barulho e multidão, a modismos e sua massa seguidora.
Tenho horror a tudo que aliena.
A tudo aquilo cuja cruel finalidade seja conter a capacidade humana de raciocínio.

Extremamente sincera, o que inúmeras vezes me impediu de ganhar muito dinheiro.
Interligo realização com significado.
Aprendo a cada dia que não se dá o que não se possui. Ainda assim cobro quem amo.
Não entendo como sobrevivem sem amor aos outros e sem amor próprio.

Adoro esmalte e batom, mas não suporto salão de beleza.
Amo filmes de terror.
Tenho muitos brincos e nenhum anel.
Desaprendi a mudar de perfume.
Adoro café com quase nada de açúcar.
Amo os bichos, mas definitivamente não sei como cuidar de plantas.
Não penteio o cabelo.
E só me atrevo a escrever quando me encontro no ápice de minhas crises de enxaqueca.

Pra consumir???
Minha futura biblioteca com um grande acervo.
Perfeita?? Não, não, não.
Há algo de muito assustador em mim, de desumano: o que hoje me é insubstituível, amanha pode tornar-se insignificante. Mecanicamente incontrolável e irreversível.
Louca???
Muita pretensão definir.
Essência é ampla e particular a cada um.

Jane Estela