segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Tão diferentes, tão iguais


Igual - Desigual

Eu desconfiava:
Todas as histórias em quadrinho são iguais.
Todos os filmes norte-americanos são iguais.
Todos os filmes de todos os países são iguais.
Todos os best-sellers são iguais.
Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são iguais.
Todos os partidos políticos são iguais.
Todas as mulheres que andam na moda são iguais.
Todas as experiências de sexo são iguais.
Todos os sonetos, gazéis, virelais, sextinas e rondós são iguais e todos,
todos os poemas em versos livres são enfadonhamente iguais.
Todas as guerras do mundo são iguais.
Todas as fomes são iguais.
Todos os amores, iguais iguais iguais.
Iguais todos os rompimentos.
A morte é igualíssima.
Todas as criações da natureza são iguais.
Todas as ações, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.
Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa.
Não é igual a nada.
TODO SER HUMANO É UM ESTRANHO ÍMPAR.

Não poderia deixar de citar Drummond, que tão perfeitamente nos coloca, nessas palavras, a total sigularidade do ser humano.
Singularidade essa, que faz tão excitante todo trabalho direcionado a subjetividade humana.




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2 comentários:

Unknown disse...

Boa tarde Jane, sou pedagogo de alguma forma trabalho com subjetividade também. Gostei da maneira que colocou sobre a importância do interior na construção do homem. Temos usado abordagens parecidas com esse tema, para colocarmos a frente dos a alunos a importância do todo e da singularidade. Muito boa sua interpretação.

Unknown disse...

Quem dera se todos respeitassem o espaço de liberdade de cada um, mas, acredito sim, que ainda chegaremos nesse propósito. Tambem curso psicologia, estou lhe enviando um email com uns temas interessantes para artigos,se quiser escrever sobre eles será um prazer, e tambem para manter contato e troca de informações.
Cristina Vallente, SP